terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Este presente não é de criança

Noite do dia 24 de dezembro. Todos reunidos e as crianças em volta da árvore de Natal tentando descobrir para quem é cada presente. Na verdade eles querem descobrir qual presente é para cada um deles.

Os adultos, já preparados para a esperteza das crianças, não colocam nome dos presentes, apenas códigos. 1, 2, 3... identificando assim cada um dos netos, sobrinhos.
Mas as crianças não desistem. Olham daqui, dali, até que Sofia, na esperteza dos seus 5 anos, diz para as outras crianças. 

- Eu já sei de quem é este presente!, apontando para um dos pacotes.

E todos olham para ela, inclusive os adultos.

Então ela continua:

- Eu não sei bem para quem é, mas sei que este pacote não é para nenhum de nós - disse isso se referindo às crianças.

Ninguém entende como ela chegou àquela conclusão, então pergunto para Sofia:

- Como você sabe que este presente não é para vocês?

Ela responde, com sua sagacidade:

- Por que este papel de presente é de estampa de adulto e não de criança.


Ela estava certa, o presente não era de uma criança. Mas somente uma conseguiria fazer este tipo de análise e chegar a esta conclusão.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Não toque na mala do Enzo

Enzo estava ansioso. Uma ansiedade que tomou conta dele por inteiro.

Quanto mais próximo estava da viagem que ele faria com seus pais e sua irmã, mais ansioso ele ficava.

Era a primeira viagem internacional! Ele não sabia ainda muito bem o que era isto, mas sabia que era fora do Brasil e que era longe: iria para Punta Cana.

Muitos dias antes já estava pensando o que ia levar: a viagem era longa, então já lembrou de pedir para sua mãe levar comida. Lá tinha praia, então ele tinha que levar sunga.

E os dias foram passando e ele foi colocando algumas coisas dentro da mochila que sua mãe deu para ele, sempre perguntando antes se podia levar.

Quando terminou de colocar tudo na mochila, estava eufórico. Era a primeira vez que arrumava suas coisas (pelo menos algumas delas).

Foi quando sua mãe falou para ele que a mochila não ficaria com ele no avião, mas que iria junto com as outras malas.

Enzo queria muito ficar com sua mochila, mas não teria como. Ele estava muito preocupado, pois não queria que ninguém mexesse nela. Foi quando então teve a ideia de colocar um bilhete na mochila, alertando qualquer pessoa que quisesse se aproximar dela.

Pegou um daqueles papéis que grudavam nas coisas, e escreveu seu recado:

MALA DE VIAGEM DO ENZO. NÃO TOQUE. NÃO TOQUE NENHUM DEDINHO.


Pronto. Agora poderia viajar tranquilo que ninguém mexeria na sua mochila.


quinta-feira, 31 de março de 2016



Neste seu primeiro ano
Por tanta coisa já passou
Tanta coisa enfrentou
Mas que também
Tanto encantou
É impossível não se apaixonar
Pela sua doçura
Pela sua pureza
Pelas suas descobertas
Por você
Hoje o dia tem um sabor mais que especial
E desejo que todos os dias de sua vida 
Sejam de encanto e descobertas
E que você seja tudo aquilo que você quiser.


PARABÉNS!

domingo, 29 de novembro de 2015


Este não é um livro para crianças, mas quero dividir com vocês uma grande conquista. Meu primeiro conto publicado. Um livro lindo, com contos de vários autores, e lá está o meu.

Um livro meu para crianças é um projeto, sem data definida, mas ele sairá do papel. E vocês ficarão sabendo.

Obrigada a cada um de vocês!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Uma história de quando eu era criança

A história abaixo não é recente, ela é bem antiga. Na verdade não é uma história, é uma poesia de quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, é o que tenho na lembrança e que minha mãe pôde confirmar . É a primeira coisa que lembro de ter escrito, pelo menos foi a primeira que ficou gravada na minha memória, nunca esqueci dos versos, de cada palavra, do começo, do meio e do fim dele. Não lembro muito bem de muitos detalhes, mas lembro que escrevi para uma prova que teríamos na escola, a professora falou para irmos pensando no tema, ou algo assim, que teríamos que escrever na prova. Escrevi em casa e fiquei decorando. E deu certo, escrevi ele inteirinho na prova! E a tentativa de decorar deu tão certo que até hoje lembro dele.

Então vai ele aí:


Se eu fosse um balãozinho
Queria voar para o céu
Mas como seu sei que é perigoso
Vou ficar aqui no chão
Enfeitando festa e salão
Se as pessoas eu pudesse avisar
Como balões são perigosos soltar
Não haveria mais queimada
Nem florestas devastadas
Este mundo seria bem melhor.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Minhocoloco e seu novo amigo




Minhocoloco estava brincando no jardim, entrava embaixo da terra e depois saía, quando se deparou com um animal muito grande, que ele nunca tinha visto.

Era Rayca, o cachorro do Enzo, mas que ele nunca tinha visto. Ficou muito assustado. Então rastejou o mais rápido que pode, o mais rápido que já tinha rastejado.

Viu uma latinha e tentou chegar o mais rápido possível para poder entrar dentro dela, antes que o grande animal o alcançasse.

Conseguiu entrar dentro da latinha.

- Ufa, agora estou a salvo, falou Minhocoloco.

Mas Rayca, como era bem maior e mais rápida que Minhocoloco, estava bem do lado dele, e começou a chegar perto da latinha.

Com o focinho encostou na latinha, o que fez com que ela começasse a se mover e rolasse pelo quintal.

- O que está acontecendo? Pensou Minhocoloco, quando a latinha começou a se mover.

Michocoloco rolou, dentro da latinha, por todo o quintal.... até que a latinha parou.

- Nossa, apesar do susto foi legal descer pelo jardim desta maneira. Estou um pouco tonto, mas foi divertido.

Quando Minhocoloco estava se recuperando do susto e começou a sair da lata, Rayca apareceu do seu lado sem que ele percebesse.

Não tinha para onde Minhocoloco ir. Ficou parado, estático, enquanto aquele grande animal vinha na sua direção, e estava cada vez mais próximo.

Rayca chegou bem perto do Minhocoloco e cheirou, cheirou e cheirou mais um pouco.

Minhocoloco ficou parado. Tinha certeza que ia virar uma bela refeição daquele grande animal.

- Oi. Disse Rayca.

Minhocolo não conseguia responder, de tão assustado que estava.

- Oi. Repetiu Rayca.

- Oi. Quem é você? Perguntou Minhocoloco ainda assustado.

- Sou Rayca.

- Você mora aqui? Perguntou Minhocoloco.

- Sim, sou amiga do Enzo. E você?

- Sou Minhocoloco, também moro aqui, e também sou amigo do Enzo.

Então Rayca falou:

- Então se você é amigo do Enzo, também quer ser meu amigo?

- Sim! Respondeu Minhocoloco, agora que o susto tinha passado e ele estava animado. E falou para Rayca:

- Você me leva para passear?

Então Rayca abaixou para Minhocolo subir eu seu focinho, e o levou para conhecer outros lugares no quintal.

Minhocoloco estava muito feliz, estava passeando, se divertindo, e o melhor de tudo: tinha feito um novo amigo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A descoberta da Fada Nik

Fada Nik era uma linda fada. Sempre agitada, voava para cima e para baixo, sempre procurando novos lugares para conhecer.

Mas agora Fada Nik estava triste. Desde quando ficou doente só podia ficar deitada.

Não podia mais voar, ir a novos lugares... não conseguia sair da cama para nada.

Nos primeiros dias Fada Nik só chorava, deitada na sua cama, em seu quarto.

A mãe da Fada Nik não sabia mais o que fazer para tentar alegrar sua filha. Fazia as comidas que Fada Nik mais gostava, mas Fada Nik nem comendo direito estava.

Fada Nik queria voar, fazer o que ela mais gostava, conhecer novos lugares.

Até que Asa Rápida, um amigo de Fada Nik , teve uma ideia.

Chamou todas as outras fadas e sem que a Fada Nik soubesse montou, do lado de fora da casa, um lugar onde ela pudesse ficar.

Quando estava tudo organizado levaram Fada Nik para fora, depois de vendar os olhos dela.

Tiraram a venda dos olhos de Fada Nik e ela ficou encantada. Era noite e milhares de estrelas enchiam o céu. A lua, enorme, parecia sorrir para Fada Nik desejando uma ótima recuperação.

Fada Nik ficou encantada. Era a primeira vez, desde que ficou doente, que estava sorrindo.

Agradeceu a todos os amigos por terem proporcionado algo tão bonito para ela.

Asa Rápida falou para Fada Nik: mesmo você não podendo voar, há coisas tão lindas para você poder ver e apreciar. Coisas que quando você está voando você não consegue ver por que passam muito rápido...

Fada Nik percebeu que o que Asa Rápida falou era verdade. Ela poderia continuar tendo coisas novas, mesmo deitada. Então ela começou a passar grande parte do dia olhando para o céu e vendo as formas que as nuvens tinham (elefante, um gostoso sorvete ...), olhava para as flores nas árvores e olhava todas as cores que elas tinham, ..., olhava as joaninhas que voavam alegres e brincava de contar as bolinhas do corpo de cada uma, ajudava sua amiga centopeia a combinar as cores dos sapatos que coloca em seus 100 pés e ajudou seus amigos vaga lumes a ensaiarem uma linda coreografia para a festa que dariam quando Fada Nik estivesse recuperada.

Fada Nik percebeu que, mesmo durante sua recuperação, poderia continuar sendo feliz.